Domingo – 13 de janeiro
S. Lc 3, 15-16.21-22:
Batismo de Jesus
Nas vésperas e no início da
era cristã, grande era a expectativa da vinda do Messias. O povo discutia e
refletia, em seu coração, as profecias que falavam do Enviado de Deus. Por
ocasião da Anunciação, a mesma atitude interior animava o coração da Virgem
Maria. Humilde, ela hesita em se reconhecer naquela que o Anjo saúda com o nome
de “cheia de graça”. Agora, a multidão, que buscava o batismo de João Batista,
interroga-se: Não é ele, porventura, o Messias esperado? O próprio João Batista
afasta toda dúvida, ao declarar: “Aquele que vem após mim me precedeu porque
antes de mim ele era”. Alusão à preexistência de Jesus, o Verbo de Deus
encarnado, eterno e transcendente. Em sua franqueza e humildade, João confessa
não ser digno de desatar a correia das suas sandálias. Em outras palavras, ele
não é nem mesmo digno de ser seu escravo.
“João batiza e Jesus
aproxima-se. Talvez, reflete S. Gregório de Nazianzo, para santificar
igualmente aquele que o batiza e, sem dúvida, para sepultar nas águas o velho
Adão”. João convoca à conversão, retorno à fonte de vida, que é o início do
retorno à mensagem salvadora de Deus. “João reluta, Jesus insiste, Eu é que
devo ser batizado por ti” (S. Gregório de Nazianzo). Jesus desce às águas e o
relato bíblico fala de que “o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre
ele”.
No entanto, João
simplesmente prepara, Jesus é quem dará “o batismo com o Espírito Santo”. João
é o arauto do Messias, que, pelo Espírito Santo, purificará e santificará
conduzindo todos à feliz e eterna comunhão com Deus. S. Gregório de Nazianzo
acrescenta: “Jesus sai das águas, elevando consigo o mundo que estava submerso,
e vê abrirem-se os céus de par em par, pois Adão tinha-os fechado para si e sua
posteridade, assim como o paraíso, que lhe fora vedado por uma espada de fogo”.
O batismo de Jesus proclama
o nosso batismo, no qual nos é concedido o Espírito Santo, presença do inefável
amor de Deus em nossa vida. Pelo batismo participamos da vida divina e fazemos
parte da família de nosso Pai do céu. Por isso, dirá Orígenes: “O céu se abriu
e o Espírito Santo desceu para o perdão dos pecados de todo o mundo”.
Dom Fernando Antônio
Figueiredo
Postagem: Rosangela da Graça Martinski (Coord. Pascom Santuário).
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