A Festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebramos a cada 14
de setembro, é a Festa da Exaltação do Cristo vencedor. Para nós cristãos, a
cruz é o maior símbolo de nossa fé, cujos traços nós nos persignamos desde o
início do dia, quando levantamos, até o fim da noite ao deitarmos. Quando somos
apresentados à comunidade cristã, na cerimônia batismal, o primeiro sinal de
acolhida é o sinal da cruz traçado em nossa fronte pelo padre, pais e
padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo.
A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos
trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar,
exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se
contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a
morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da
árvore proibida. (Gn 3,17-19)
No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que
reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu
pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los
das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que
erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de
bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para
a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9)
Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore,
pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da
serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos o
próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua
entrada neste mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a
bênção, a salvação e a vida eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de
onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade. Assim, a Igreja canta
na Liturgia Eucarística de Festa: “Santa Cruz adorável, de onde a vida brotou,
nós, por Ti redimidos, te cantamos louvor!”
A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas
sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da cruz
em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima
Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que,
pela CRUZ, o Senhor continua a derramar sobre nós.
Pastoral da Comunicação: Rosângela da Graça Martinski.
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