37.1
PENTECOSTES DIA DA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO
§696
O fogo. Enquanto a água significa o nascimento e a fecundidade da Vida dada no
Espírito Santo o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito
Santo O profeta Elias, que “surgiu como um fogo cuja palavra queimava como uma
tocha” (Eclo 48,1), por sua oração atrai o fogo do céu sobre o sacrifício do
monte Carmelo, figura do fogo do Espírito Santo que transforma o que toca.
“João Batista, que caminha diante do Senhor com o espírito e o poder de Elias”
(Lc 1,17), anuncia o Cristo como aquele que “batizará com o Espírito Santo e
com o fogo” (Lc 3,16), esse Espírito do qual Jesus dirá “Vim trazer fogo à
terra, e quanto desejaria que já estivesse acesso (Lc 12,49). É sob a forma de
línguas “que se diriam de fogo” o Espírito Santo pousa sobre os discípulos na
manhã de Pentecostes e os enche de Si. A tradição espiritual manterá este
simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo Não
extingais o Espírito” (1Ts 5,19).
§731 No dia de Pentecostes (no fim das sete
semanas pascais), a Páscoa de Cristo se realiza na efusão do Espírito Santo,
que é manifestado, dado e comunicado como Pessoa Divina: de sua plenitude,
Cristo, Senhor, derrama em profusão o Espírito.
§1287
Ora, esta plenitude do Espírito não devia ser apenas a do Messias; devia ser
comunicada a todo o povo messiânico. Por várias vezes Cristo prometeu esta
efusão do Espírito, promessa que realizou primeiramente no dia da Páscoa. e em
seguida, de maneira mais marcante, no dia de Pentecostes. Repletos do Espírito
Santo, os Apóstolos começam a proclamar “as maravilhas de Deus” (At 2,11), e
Pedro começa a declarar que esta efusão do Espírito é o sinal dos tempos
messiânicos. Os que então creram na pregação apostólica e que se fizeram
batizar também receberam o dom do Espírito Santo
§2623
NO TEMPO DA IGREJA No dia de Pentecostes, o Espírito da promessa foi derramado
sobre os discípulos, “reunidos no mesmo lugar” (At 2,1), esperando-o, “todos
unânimes, perseverando na oração” (At 1,14). O Espírito, que ensina a Igreja e
lhe recorda tudo o que Jesus disse, vai também formá-la para a vida de oração.
P.37.2
PENTECOSTES DIA DA MANIFESTAÇÃO PÚBLICA DE JESUS
§767 “Terminada a obra que o Pai havia
confiado ao Filho para realizará na terra, foi enviado o Espírito Santo no dia
de Pentecostes para santificar a Igreja permanentemente.” Foi então que “a
Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do
Evangelho com a pregação”. Por ser “convocação” de todos os homens para a
salvação, a Igreja é, por sua própria natureza, missionária enviada por Cristo
a todos os povos para fazer deles discípulos.
§1076
A ECONOMIA SACRAMENTAL.
No dia de Pentecostes, pela efusão do Espírito
Santo, a Igreja é manifestada ao mundo. O dom do Espírito inaugura um tempo
novo na “dispensação do mistério”: o tempo da Igreja, durante o qual Cristo
manifesta, toma presente e comunica sua obra de salvação pela liturgia de sua
Igreja, “até que ele venha” (1 Cor 11,26). Durante este tempo da Igreja, Cristo
vive e age em sua Igreja e com ela de forma nova, própria deste tempo novo. Age
pelos sacramentos; é isto que a Tradição comum do Oriente e do Ocidente chama
de “economia sacramental”; esta consiste na comunicação (ou “dispensação”) dos
frutos do Mistério Pascal de Cristo na celebração da liturgia “sacramental” da
Igreja. Por isso, importa ilustrar primeiro esta “dispensação sacramental”
(Capítulo I). Assim aparecerão com mais clareza a natureza e os aspectos
essenciais da celebração litúrgica (Capítulo II.).
P.37.3
PENTECOSTES DIA DA PLENA REVELAÇÃO DA TRINDADE
§732
Nesse dia é revelada plenamente a Santíssima Trindade. A partir desse dia, o
Reino anunciado por Cristo está aberto aos que creem nele; na humildade da
carne e na fé, eles participam já da comunhão da Santíssima Trindade. Por sua
vinda e ela não cessa, o Espírito Santo faz o mundo entrar nos “últimos
tempos”, o tempo da Igreja, o Reino já recebido em herança, mas ainda não
consumado: Vimos a verdadeira Luz, recebemos o Espírito celeste, encontramos a
verdadeira fé: adoramos a Trindade indivisível, pois foi ela quem nos salvou.
Pastoral da Comunicação: Rosangela da Graça Martinski.
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