A festa da
"Transfiguração do Senhor 6 de agôsto" acontece no mundo cristão
desde o século V. Ela nos convida a dirigir o olhar para o rosto do Filho de
Deus, como o fizeram os apóstolos Pedro, Tiago e João, que viram a Sua
transfiguração no alto do monte Tabor, localizado no coração da Galiléia. O
episódio bíblico é relatado distintamente pelos evangelistas Mateus, Marcos e
Lucas. Assim, segundo São
Mateus 9,2-10, temos: "Jesus
tomou consigo a Pedro, Tiago e João, e conduziu-os a sós a um alto monte. E
transfigurou-se diante deles. Suas vestes tornaram-se resplandecentes e de uma
brancura tal, que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia fazer assim tão
brancas. Apareceram-lhes Elias e Moisés, e falavam com Jesus. Pedro tomou a
palavra: "Mestre, é bom para nós estarmos aqui; faremos três tendas: uma
para ti, outra para Moisés e outra para Elias". Com efeito, não sabia o
que falava, porque estavam sobremaneira atemorizados. Formou-se então uma nuvem
que os encobriu com a sua sombra; e da nuvem veio uma voz: "Este é o meu
Filho muito amado; ouvi-O". E olhando eles logo em derredor, já não viram
ninguém, senão só a Jesus com eles. Ao descerem do monte, proibiu-lhes Jesus
que contassem a quem quer que fosse o que tinham visto, até que o Filho do
homem houvesse ressurgido dos mortos. E guardaram esta recomendação consigo,
perguntando entre si o que significaria: Ser ressuscitado dentre os
mortos". A intenção de
Jesus era a de fortalecer a fé destes três apóstolos, para que suportassem o
terrível desfecho de Sua paixão, antecipando-lhes o esplendor e glória da vida
eterna. Também foi Pedro, que depois, recordando com emoção o evento, nos
afirmou: "Fomos testemunhas oculares da Sua majestade" (2 Pd 1, 16).O significado dessa festa é, e sempre será, o mesmo
que Jesus pretendeu, naquele tempo, ao se transfigurar para os apóstolos no
monte, ou seja, preparar os cristãos para que, em qualquer circunstância,
permaneçam firmes na fé no Cristo. Melhor explicação, só através das inspiradas
palavras do Papa João Paulo II, quando nesta solenidade em 2002, nos lembrou
que: "O rosto de Cristo é
um rosto de luz que rasga a obscuridade da morte: é anúncio e penhor da nossa
glória, porque é o rosto do Crucificado Ressuscitado, o único Redentor da
humanidade, que continua a resplandecer sobre nós (cf. Sl 67,
3)". Somente em 1457, esta celebração se estendeu para
toda a cristandade, por determinação do Papa Calisto III, que quis enaltecer a
vitória, do ano anterior, das tropas cristãs sobre os turcos muçulmanos que
ameaçavam a liberdade na Europa.
Pstoral da Comunicação: Rosangela da Graça Martinski.
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