Hoje primeiro Domingo da Quaresma, é o tempo de nos preparamos para a festa da Páscoa do Senhor. A Igreja nos propõe importantes ações individuais pra que, neste “tempo favorável” como diz São Paulo (2Cor 6,2) busquemos alcançar a cura de todo o pecado que nos envolve e vivermos com proximidade aquilo que Ele nos pede.
A oração nos convida a uma aproximação e intimidade maior com Deus, a esmola ou caridade nos ensina a doarmo-nos por quem mais precisa e o jejum nos traz a possibilidade de renovação da fé.
Neste tempo de Quaresma, nos lembramos dos 40 anos que o povo de Israel caminhou pelo deserto após libertar-se da escravidão do Egito. Também os 40 dias em que Jesus passou no deserto, jejuando e orando, antes de ser entregue a cruz. Devemos também buscar o nosso deserto, a fim de entregar nossa vida a Deus em oração e provação.
A oração nos propõe a conversar com Deus, a recompensa da caridade está estampada no rosto de quem ajudamos. O jejum nos coloca em posição de luta, de batalha com nossos próprios desejos, mas muitas vezes, pela nossa falta de fé, parece ser uma luta intima e solitária, porém se engana o que pensa que nesta batalha lutamos sozinhos, pois no ato de jejuar, nosso espírito é elevado a Deus nos aproximando dos dons celestes e de tal forma capazes de desprezar os prazeres mundanos.
Jejuar não significa necessariamente abster-se do alimento ou da bebida como deixar de comer carne nas sextas-feiras por exemplo. O jejum é algo mais profundo, é abster-se daquilo que nos prende a este mundo e nos impede de nos aproximarmos das coisas de Deus. Desta forma trabalhamos em nosso interior o desprendimento, o desapego e criamos a capacidade de dizer não as vontades do nosso corpo quanto estas não estão de acordo com as necessidades da alma.
Porém, a renuncia daquilo que nos atrapalha na caminhada contra o pecado não deve ser celebrada com o comodismo, pois este sim é apenas o caminho e não o ponto final. O jejum, a abstinência nos prepara para tempos de deserto, naqueles momentos em que nos encontramos só e nos sentimos desprezados por tudo e por todos. Assim, encontramos “paz do corpo, força dos espíritos e vigor das almas” como dizia São Pedro Crisólogo (451).
Portanto irmãos, neste “tempo favorável” façamos nosso exame de consciência para identificarmos nossas maiores dificuldades e fraquezas. O jejum é um exercício interior feito de coração para alcançarmos a graça da proximidade de nossa santidade é uma ação que nos torna livres. Faça-o com alegria, sem esquecer-se da oração e da caridade.
Pastoral da Comunicação: Rosangela da Graça Martinski.
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