quarta-feira, 13 de abril de 2016

O Leigo na Igreja.


Está acontecendo em Aparecida a 54ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na qual estou presente com os outros irmãos no episcopado, demonstrando a nossa comunhão eclesial efetiva e afetiva, tratando dos assuntos mais importantes para a Igreja no Brasil. Peço as orações de todos, pois é interesse de todos que os seus pastores os guiem bem.
A Assembleia desse ano, entre muitos outros assuntos, tem como tema central “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da terra e luz do mundo (cf. Mt 5, 13-14). Os Bispos se dirigem a vocês, cristãos leigos e leigas, agradecidos “pelo testemunho de sua fé, pelo amor e dedicação à Igreja e pelo entusiasmo com que vocês se doam ao nosso povo e às nossas comunidades, até ao sacrifício de si, de suas famílias e de suas atividades profissionais”. Lembramos que foi ao leigo Francisco de Assis que o Cristo Crucificado ordenou: “Vai e reconstrói a minha Igreja”. Temos firme esperança de que os leigos e leigas darão grande contribuição à renovação da Igreja de Cristo e sua atuação no mundo.
O documento conciliar sobre o apostolado dos leigos, “Apostolicam Actuositatem”, dirige-se aos fiéis leigos, lembrando as suas “funções, próprias e inteiramente necessárias na missão da Igreja… O apostolado dos leigos, uma vez que dimana da sua própria vocação cristã, jamais pode deixar de existir na Igreja. A própria Sagrada Escritura demonstra abundantemente quão espontânea e fecunda foi tal atividade nos primórdios da Igreja. Ora os nossos tempos exigem não menor zelo dos leigos; pelo contrário, as circunstâncias atuais reclamam da parte destes um apostolado mais fecundo e absolutamente mais vasto…”. Nas relações com a hierarquia, o documento do Concílio explica que “encontram-se na Igreja muitas iniciativas apostólicas criadas por livre escolha dos leigos e dirigidas pelo seu critério prudente… Mas nenhuma iniciativa se atribua o nome de católica, sem que lhe advenha o consentimento da legítima autoridade eclesiástica…”. “A hierarquia confia aos leigos algumas funções que estão mais intimamente ligadas aos deveres dos pastores, como no ensino da doutrina cristã, nalguns atos litúrgicos e na cura de almas…”.
S. João Paulo II, na Exortação “Christifideles Laici”, ensina: “a vocação dos fiéis leigos à santidade comporta que a vida segundo o Espírito se exprima de forma peculiar na sua inserção nas realidades temporais e na sua participação nas atividades terrenas”. Insiste, como o faz agora o Papa Francisco: “Os fiéis leigos não podem absolutamente abdicar da participação na política, ou seja, da múltipla e variada ação econômica, social, legislativa, administrativa e cultural, destinada a promover orgânica e institucionalmente o bem comum… que compreende o conjunto das condições de vida social que permitem aos indivíduos, famílias e associações alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição. A Igreja louva o trabalho de quantos se dedicam ao bem da nação e tomam sobre si o peso de tal cargo, a serviço dos homens”.
Por Dom Fernando Arêas Rifan – Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Rosangela da Graça Martinski.

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